A Incidência das Pragas Urbanas Aumenta Sensivelmente nos Meses mais Quentes e Úmidos
A Incidência das Pragas Urbanas Aumenta Sensivelmente nos Meses mais Quentes e Úmidos
Nas maiores cidades do nosso país, assim como em qualquer cidade do planeta cujo clima é tropical, o calor e as chuvas do verão costumam fazer com que as pessoas recebam em suas casas alguns visitantes indesejados.
É esquentar e chover um pouco que não tem jeito, elas aparecem. As chamadas pragas urbanas estão atormentando os moradores das nossas cidades. Na casa da coordenadora de projetos Rejane Santos, na Zona Sul de São Paulo, o susto que ela tomou foi bem no meio da noite. “Quando olho para cima na minha beliche, quem está lá, parecendo olhar diretamente pra mim? Uma enorme e cascuda barata. Nossa, levei um susto. Quando vi, eu já estava em pé no quarto”, lembra ela em seu relato.
Os bichos que se adaptam ao ambiente urbano acabam ficando sem os seus predadores naturais. O resultado é uma reprodução descontrolada. O incômodo que essas espécies causam aos habitantes das cidades é o que a define como uma praga urbana.
As pragas que mais estão dando as caras por aí atualmente são: as baratas, os pernilongos, os ratos, as traças, as formigas, os cupins, as pulgas e os percevejos. E a época faz com que esses bichos apareçam em maior intensidade.
“Neste período nós temos medias de 25º a 30º C, até um pouco mais, conforme a região do país, e bastante chuva. Então, temos bastante água e umidade e também mais vegetação e mais alimento para essas espécies que habitam o ambiente urbano”, explica o engenheiro agrônomo Marcos Potenza.
Todo verão é a mesma coisa. As ligações para as empresas que combatem essas pragas em São Paulo aumentam em até 30%. Mas alguns cuidados simples ajudam demais no controle:
– guarde os alimentos em recipientes bem fechados;
– nunca deixe restos de comida no fogão, na pia, na mesa, no chão;
– tampe os ralos, pode ser com um pedaço de plástico;
– e, nas portas, feche os espaços perto do chão;
“Se você não trouxer a praga para sua casa ou se não tiver facilidade para que essa praga entre na sua casa, ela não vai se instalar”, diz o biólogo Francisco Zorzenon.
Mas até mesmo no Instituto Biológico tem bicho que chega de surpresa. Jaci ficou apavorada quando entrou na sala do arquivo e deu de cara com um morcego. “Eu tenho pavor. Nós não podemos dividir o mesmo espaço”, revelou.
Fonte: G1 Globo